Do Livro das Ilusões – Da morte dos homens
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Das trevas saíste, ó impuro;
à luz, de sangue encharcado.
Quão sábio foi buscar a vida
sem saber que morreria?
Brotaste dos homens, uno;
em tenra idade, a costura
das mil agulhas de ilusões
te dividiram, te uniram
ao humano gado.
E bem e mal agora
para ti existem;
e verdade e mentira
estão na esquina;
a pureza e pecado
ali ao lado.
Sonhaste os sonhos
os quais te ensinaram;
Voaste com as asas
que te fabricaram.
E o tempo passa.
E te olhas no espelho,
mas quem é ti?
Que cores no mundo
tardaram a existir?
A chama que brota em ti,
os desejos mais profundos,
tudo se repete nos séculos
em ciclos de tédio.
Pois na árvore humana
brotos nascem sem cessar;
ainda assim, a vontade é una
e tu és parte da roda dos séculos.
E amas o mundo, mas já foi feito.
E repudias o mundo, mas já o fizeram.
E tuas idéias estão atrasadas;
Teus recordes, superados.
O tempo corre.
Que fazes aqui?
De tua glória, tua história,
de ti, não restará memória
no tempo profundo.
Às lanças da fé te jogas,
mas te perfuram sem cessar;
Às correntes do ceticismo foges
mas te prendem o andar.
As idéias se confundem
quando a morte espreita;
e o fim, que não tarda,
nunca vem;
O tempo voa.
E o sábio diz:
Viva.
Mas já estás preso,
costurado à morte.
Pois as agulhas prendem
e a prisão é dor;
E eis que a chuva arranca
os galhos sem valor.
O tempo à luz finda, para ti;
À treva, cai de dúvida pesado;
Quão sábio é viver na morte
Sabendo que morrerá?
.
Das trevas saíste, ó impuro;
à luz, de sangue encharcado.
Quão sábio foi buscar a vida
sem saber que morreria?
Brotaste dos homens, uno;
em tenra idade, a costura
das mil agulhas de ilusões
te dividiram, te uniram
ao humano gado.
E bem e mal agora
para ti existem;
e verdade e mentira
estão na esquina;
a pureza e pecado
ali ao lado.
Sonhaste os sonhos
os quais te ensinaram;
Voaste com as asas
que te fabricaram.
E o tempo passa.
E te olhas no espelho,
mas quem é ti?
Que cores no mundo
tardaram a existir?
A chama que brota em ti,
os desejos mais profundos,
tudo se repete nos séculos
em ciclos de tédio.
Pois na árvore humana
brotos nascem sem cessar;
ainda assim, a vontade é una
e tu és parte da roda dos séculos.
E amas o mundo, mas já foi feito.
E repudias o mundo, mas já o fizeram.
E tuas idéias estão atrasadas;
Teus recordes, superados.
O tempo corre.
Que fazes aqui?
De tua glória, tua história,
de ti, não restará memória
no tempo profundo.
Às lanças da fé te jogas,
mas te perfuram sem cessar;
Às correntes do ceticismo foges
mas te prendem o andar.
As idéias se confundem
quando a morte espreita;
e o fim, que não tarda,
nunca vem;
O tempo voa.
E o sábio diz:
Viva.
Mas já estás preso,
costurado à morte.
Pois as agulhas prendem
e a prisão é dor;
E eis que a chuva arranca
os galhos sem valor.
O tempo à luz finda, para ti;
À treva, cai de dúvida pesado;
Quão sábio é viver na morte
Sabendo que morrerá?
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